MÁQUINA DE SOLDA FIMER T160 DV BIVOLT REPARO CURTO CIRCUITO E BORNE CARBONIZADO

por MOVI SOLDAS Sáb 11 Jan 2020, 23:45

Máquina de solda FIMER T160 DV BIVOLT chegou na oficina de manutenção da MOVI SOLDAS (ww.movisoldas.com.br/) com o circuito de potência em curto, dissipadores de calor dos IGBT's desprendidos e bornes de saída derretidos. Pela analise visual o equipamento operou de forma excessiva e sofreu queda/impacto, visto que os dissipadores se soltaram da placa e ao se tocarem, fecharam curto circuito. A máquina de solda inversora sofreu danos extensos queimando circuito driver, composto de oito Diodos Zener 18V, quatro resistores SMD 10R, quatro resistores SMD 22R e quatro resistores SMD 47R.

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Além disso, a proteção de corrente de retorno do circuito é composto de quatro Diodos UJ3 que também entraram em curto circuito. Do circuito de potência, somente a mica isolante saiu ilesa (kkk). A causa principal desta ocorrência parece ser o uso acima do especificado do equipamento, visto que a máquina suporta eletrodos revestidos de até 3,25mm². Os borne de saída "POSITIVO" da inversora de solda FIMER derreteu a frente plastica e um carbonizou o conector e a plaqueta de conexão da placa inversora.

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Após aferido estes detalhes, testes e componentes eletrônicos na placa, realizamos as interveções, reparando e remontando todo o circuito de potência, sendo 04 unidades de IGBT's FGH40N60, 02 unidades de diodos RURG 3060, 08 unidades de diodos Zener 18V, 04 unidades de resistores SMD 10R, 04 unidades de resistores SMD 22R e 04 unidades de resistores SMD 47R. Também substituimos o borne de saída "POSITIVO" , "+" e a tampa plástica frontal. O equipamento foi liberado em plenas condições de uso.

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Enfatizamos que todo equipamento de soldagem possui ciclo de trabalho, assim é importante respeitar os limites construtivos das máquinas de solda a fim de manter a vida útil do equipamento maior. O Ciclo de Trabalho é a relação entre o período de soldagem (Arco Aberto) em um determinado período de tempo. Este período de tempo é determinado pelo projeto do equipamento de acordo com sua aplicação e processo de soldagem, bem como o isolamento de seus componentes internos. Conforme norma NEMA (1), o ciclo de trabalho é baseado em um período de 10 min, ou seja, uma fonte de soldagem com Ciclo de Trabalho de 60% @ 160 A, deve operar com o arco aberto de 160 A (2) de saída em 6 min e o restante do tempo (4 min) deve apagar o arco e refrigerar os componentes internos. O Ciclo de Trabalho é informado pelos fabricantes de equipamentos em “percentagem” (%), o símbolo mais utilizado é o @ (“arroba”) e está relacionado com a corrente (A) de saída. O tipo de trabalho (soldagem) determina a característica do equipamento e seu respectivo Ciclo de Trabalho. Geralmente para processos semi-automáticos o Ciclo de Trabalho é de 40% a 60% e para processos automáticos o Ciclo de Trabalho é de 100%.
Segue uma fórmula matemática para determinar o Ciclo de Trabalho de uma fonte de soldagem:
I1² x Ft1 = I2² x Ft2

Onde:
I1 = Corrente (A) de saída (valor conhecido)
Ft1 = Ciclo de Trabalho % (valor conhecido)
I2 = Corrente (A) de saída (valor procurado)
Ft2 = Ciclo de Trabalho % (valor dado / referência)
Ex: Uma fonte de soldagem tem um Ciclo de Trabalho de 160 A @ 60%. O processo foi automatizado e é preciso conhecer qual será a corrente máxima de saída (A) para um Ciclo de Trabalho de 100%.

Abaixo o vídeo do equipamento reparado, soldando eletrodo 7018 2,5mm².

Acima o vídeo do equipamento reparado, soldando eletrodo 7018 2,5mm².

Informações e dados compartilhados pela equipe técnica da MOVI SOLDAS, localizada em Contagem/MG - 31 3395-5537.
ww.movisoldas.com.br/