Qual componente você considera ser o maior vilão num circuito eletrônico???

por **MARIO Y. SEGAWA** Sex 03 Dez 2021, 13:05

Na sua vida de técnico em eletrônica, qual foi o componente eletrônico, que você considera o maior vilão, isto é, o maior causador de defeito em aparelhos eletrônicos??? Capacitor, transistor, diodo, circuito integrado, flyback, bobina de deflexão, seletor de canais ou varicap, transformador, indutor. Cite um desses componentes, tipo. Rolling Eyes

por **sukerth** Sex 03 Dez 2021, 17:13

Nenhuma das alternativas acima...

6dq6 (pl36) e pcl85!!

Qual componente você considera ser o maior vilão num circuito eletrônico??? 1f60b

por **MARIO Y. SEGAWA** Sex 03 Dez 2021, 17:52

sukerth escreveu:Nenhuma das alternativas acima...

6dq6 (pl36) e pcl85!!

Eu tinha me esquecido de relacionar as válvulas ..... muitos técnicos ganharam dinheiro substituindo. beer

por **sukerth** Sex 03 Dez 2021, 18:09

Brincadeiras a parte, atualmente, certamente um dos maiores vilões são os capacitores.

por **CACÁ** Sáb 04 Dez 2021, 00:13

Eu odeiooo os capacitores cerâmicos kkkk, o resto são vilões, com muito mais probabilidade de dar defeito mas a gente já vai sempre neles, certos aparelhos até a gente já sabe qual é o componente, de acordo com o defeito mas o danado do cerâmico fica ali quase imperceptível, você menospreza ele e ele está ali matando o aparelho todo.

por **MARIO Y. SEGAWA** Sáb 04 Dez 2021, 02:17

[quote="sukerth"]Brincadeiras a parte, atualmente, certamente um dos maiores vilões são os capacitores.

[/quote

Muitos técnicos consideram o capacitor eletrolítico o mais susceptível a defeito num circuito eletrônico dada a sua natureza de construção tendo uma substância química, o eletrólito, como dielétrico. Esse eletrólito tende a evaporar sob o efeito de calor externo ou quando recebe sobrecarga de tensão. Com advento das fontes chaveadas devido à alta frequência gerada pela mesma, a ESR passou a ser um fator muito influente na vida útil do eletrolítico. O calor e a frequência aumentam o ESR, inutilizando o eletrolítico.

É só entrar no YouTube e observar que todos os técnicos que gostam de lidar com aparelhos antigos com intuito de restaurar e trazer á vida esses aparelhos, o primeiro componente que lhes chama muita atenção, é o capacitor eletrolítico. A essa troca de capacitor de eletrolítico por novo, eles denominam de "recapacitamento" ou "recapacitar". O capacitor eletrolítico está presente desde a primeira geração de aparelho até hoje, ele vara geração. Ainda que seja um grande vilão, é um mal necessário.

por **MARIO Y. SEGAWA** Sáb 04 Dez 2021, 13:44

CACÁ escreveu:Eu odeiooo os capacitores cerâmicos kkkk, o resto são vilões, com muito mais probabilidade de dar defeito mas a gente já vai sempre neles, certos aparelhos até a gente já sabe qual é o componente, de acordo com o defeito mas o danado do cerâmico fica ali quase imperceptível, você menospreza ele e ele está ali matando o aparelho todo.

No final da década dos anos 70 e anos 80, reparei muito rádios Semp, mod. PT-76, transistorizados, que utilizavam muitos capacitores de disco, cerâmicos, de 0,022, 0,047 x 50V, na linha de alimentação, sempre em paralelo com eletrolíticos(Esses cerâmicos eram usados em paralelo para filtrarem alta frequência, já que os eletrolíticos eram péssimos para filtrar alta frequência). Encontrei muitos cerâmicos em curto, mas raramente encontravam eletrolíticos em curto. Naquele tempo, já peguei capacitor cerâmico em curto no circuito, mas que fora do circuito, acusava como bom. Isso acontecia porque ao retirar esse cerâmico, o soldador aquecia o cerâmico e o curto desaparecia. Era dado como suspeito e o substituía. Eu já percebendo esse comportamento do cerâmico, diante do calor, em placa de impresso, eu soltava apenas os terminais dos componentes como resistores, transistores diodos, que tivessem ligação com esse cerâmico, mas não encostava a ponta do solador nos terminais do cerâmico evitando assim que o curto sumisse do cerâmico, dessa forma com o cerâmico isolado dos demais componentes, eu media com multímetro, que tinha alcance de 200M ohms, para detectar fuga ou curto. Na bancada, se a agente não souber o comportamento dos componentes e não souber como agir, a gente leva uma surra danada.

por **CACÁ** Sáb 04 Dez 2021, 14:55

MARIO Y. SEGAWA escreveu:
CACÁ escreveu:Eu odeiooo os capacitores cerâmicos kkkk, o resto são vilões, com muito mais probabilidade de dar defeito mas a gente já vai sempre neles, certos aparelhos até a gente já sabe qual é o componente, de acordo com o defeito mas o danado do cerâmico fica ali quase imperceptível, você menospreza ele e ele está ali matando o aparelho todo.

No final da década dos anos 70 e anos 80, reparei muito rádios Semp, mod. PT-76, transistorizados, que utilizavam muitos capacitores de disco, cerâmicos, de 0,022, 0,047 x 50V, na linha de alimentação, sempre em paralelo com eletrolíticos(Esses cerâmicos eram usados em paralelo para filtrarem alta frequência, já que os eletrolíticos eram péssimos para filtrar alta frequência). Encontrei muitos cerâmicos em curto, mas raramente encontravam eletrolíticos em curto. Naquele tempo, já peguei capacitor cerâmico em curto no circuito, mas que fora do circuito, acusava como bom. Isso acontecia porque ao retirar esse cerâmico, o soldador aquecia o cerâmico e o curto desaparecia. Era dado como suspeito e o substituía. Eu já percebendo esse comportamento do cerâmico, diante do calor, em placa de impresso, eu soltava apenas os terminais dos componentes como resistores, transistores diodos, que tivessem ligação com esse cerâmico, mas não encostava a ponta do solador nos terminais do cerâmico evitando assim que o curto sumisse do cerâmico, dessa forma com o cerâmico isolado dos demais componentes, eu media com multímetro, que tinha alcance de 200M ohms, para detectar fuga ou curto. Na bancada, se a agente não souber o comportamento dos componentes e não souber como agir, a gente leva uma surra danada.

No começo da minha trajetória peguei uma TV de 33 polegadas totalmente inoperante, medi o +B e não havia tensão. Medi a resistência entre o +B e a malha do tubo e deu quase 0Ω, na hora já dei minha certeza, é você né transistor horizontal...tirei ele e nada, o curto permaneceu então tirei o fly, nada o curto permaneceu, aí fui direto no capacitor de filtro do +B e pra minha surpresa nada também aí vi que só faltava o diodo de retificação, sério, peguei ele e já fui trocar mas aí algo me falou, meça ele, e quando medi kkk ele estava bom aí que fui dar atenção a um capacitorzinho mínimo, de se não me engano 10n (103) que estava em paralelo com o diodo kkkk era o danado, o menos suspeito de tudo ali

por **MARIO Y. SEGAWA** Sáb 04 Dez 2021, 16:52

Depois de longos anos de muita prática na bancada, o técnico já conhece os principais pontos fracos de um aparelho de várias marcas e modelos. Aí, ele vai direto e troca a peça, sem antes fazer as devidas medições no circuito. Se não funcionar, parte para segunda troca e nada de funcionar, parte para terceira e nada de funcionar, aí, no fim, só restará o componente que, de início, ele muito o desprezou. Creio eu que isso aconteceu em muita bancada de muitos técnicos experientes.

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