Falando de Cinescopios

por Vini Qua 16 Set 2009, 22:05

Ola amigos, para aqueles que ainda não me conhecem eu trabalhei cerca de vinte anos em fabricas de Cinescopios, modestia á parte eu digo que sei o que estou falando,a razão deste artigo é as seguidas postagens de testes de Cinescopios e francamente me deixam até arrepiado em ver.
Em primeiro lugar em vários sites tem um esquema com um miliamperimetro ligado em série com a g1 ( grade um) através de resistor (shunt) em uma fase da rede eletrica e a outra fase no catodo,isto é sem isolamento nenhum, o que torna medição muito duvidosa e perigosa.
Se voces olharem bem o circuito verão que não estão medindo emissão e sim corrente retificada , pois o canhão se comporta como as antigas valvulas retificadoras de meia onda dos tambem antigos rádios AC/DC.
Se o vácuo do Cinescopio estiver contaminado com oxigenio,ou g1 e catodo estiverem em curto , o ponteiro do instrumento vai virar um anzol,pois a corrente direta da rede vai cair em cima dele, se for digital o dano tambem vai ser grande.
Sobre o aproveitamento de fontes de computador:
Vejam vocês , estas fontes foram projetadas para alimentar circuitos digitais , e falando francamente eu não tenho a minima ideia do que está sendo medido com elas.
Para testar corretamente a emissão de CATODO do canhão,que é o que nos interessa,nos temos que antes de mais nada saber se o canhão não está em curto.
Em 99,9 % os curtos são entre g1 e catodo , sendo facil bolar um teste para isso.
Para medir a emisão de catodo (são trez, R G B)temos que alimentar o filamento com 6,3 Volts (em alguns casos 12 Volts mas são raros) e a g2 (vejam bem , grade dois) com 350 a 400 volts Dc , ambas isoladas entre sí e da rede eletrica.
Entre o catodo e o negativo da fonte de 350/400V deve ser ligado um miliamperimetro de 0 a 3 ma e a corrente a ser medida deve estar entre 1,5 a 1,8 ma em casos de Cinescopios novos, mas já vi casos de componentes antigos de boa qualidade que com 1ma funcionavam perfeitamente, abaixo disto o componente está esgotado e mesmo com reativação tem os dias contados.
Notem que neste caso a g1 fica desligada , alguns fabricantes de aparelhos de testes poem uma fonte negativa ajustavel de 0 a 25 volts entre a g1 e o negativo para testar o corte, mas para fazer o teste corretamente é necessario uma tabela do fabricante do Cinescopio, e ninguem liga muito para isso numa oficina.
Este artigo amigos, é um breve relato da minha experiencia industrial que eu trouxe para a oficina, eu já postei este relato em vários sites e resolvi postar novamente aqui porque o assunto está surgindo de novo.
Não é minha intenção criar polemicas , e sim mostrar a todos como eu aprendi e fui treinado. Um abraço a todos e desculpem a amolação. Vini

por **Valdeni Oliveira** Qua 16 Set 2009, 23:04

Ótima matéria, amigo Vini.
Parabéns!

Obrigado.

por Convidad Qui 17 Set 2009, 01:17

Muito bom Vini.

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